O livro O Livreiro de Cabul, da Editora Record, foi uma produção da jornalista norueguesa Asne Seierstad, que no ano de 2002, logo após a queda do regime talibã, viveu três meses com uma família afegã registrando uma visão do pais estando mergulhada em seu cotidiano e em sua cultura.
A autora em uma viagem ao Afeganistão, conhece o livreiro Sultan Khan, em Cabul. Nasce uma amizade entre os dois. Ela demonstra o desejo de escrever sobre a sociedade islâmica fundamentalista e é convidada a hospedar-se na casa do livreiro. É desse lugar, sob esse olhar que o livro é escrito, a autora teve o privilegio de transitar entre o universo feminino e masculino dessa sociedade.
Sultan Khan foi preso e torturado durante o regime comunista, dos mujahedin e dos talibãs. Sua livraria e parte de seus livros foram queimados, mas o livreiro ainda “alimentava o sonho de ver seu acervo de 10 mil livros sobre história e literatura afegã transformar-se no núcleo de uma nova Biblioteca Nacional”.